Processo de demissão de Dilma Rousseff – parte dum plano duma hegemonia global?

12.09.2016 | www.kla.tv/8979

Em 17 de Abril dois terços dos membros da Câmara dos Deputados brasileira votaram a favor do princípio dum processo de demissão da presidente em funções Dilma Rousseff. Se também o senado seguirá em meados de maio, Rousseff seria destituida de suas funções no máximo por 180 dias. Depois de esse prazo o senado teria que votar com uma maiora de dois terços definitivamente a favor da demissão de Rousseff. De outro modo ela retornaria a sua função. Rousseff é acusada da corrupção. Além disso seus adversários a acusam, dezendo que ela tinha embelezado o estado das finanças públias, para melhorar suas oportunidades antes da passada votação. Mas nada dissso podia ser provado. Nas palavras do politicólogo brasileiro João Feres Júnior, eu cito: “A ironia do processo de demissão é, que não há absolutamente nada contra a presidente. Enquanto que alguns daqueles, que querem livrar-se dela,estão envolvidos em escândalos de corrupção. Assim é como se ladrões julgassem uma inocente.” A força motriz no processo de demissão é Eduardo Cunha, o presidente da Câmera dos Deputados. Ulrich Achermann, correspondente da Rádio Suíça SRF pela América do Sul, disse sobre ele, eu cito: “Eduardo Cunha é um criminoso. Seu nome aperece sempre no contexto com pagamentos de subornos. Ele possuia seis contas secretas na Suíça, e agora ele está sujeito a um processo penal.” Dilma Rousseff mesma como primeira reacção frente ao *rocesso de demissao, se apresentou lutadora e ela designou novamente o procedimento de seus adversários como um “golpe de Estado”. A votação é “força violenta contra a verdade, contra a democracia e contra a supremaca democrática, contra o direito”. Poderia tratar-se realmente dum “golpe de Estado” e que esta por detrás do processo de demissão? Para investigar essa pergunta, vale a pena dar uma vista de olhos às ligações mas grandes na política mundial. O publicista norte-americano Paul Craig Roberts, Vice-Minstro das Finanças sob o Governo do Reagan nos anos 1981 até 1989, vê o processo de demissão de Dilma Rousseff como parte da Agenda neo-conservadora dos EUA. A ideologia neo-conservadora – que nada tem a ver com valores conservadores – é a supremacia norte-americana do mundo. Ter a supremacia norte-americana do mundo, quer dizer “ter que subjugar os outros, que inclue também a Rússia e a China. Roberts disse: “Por isso os neo-conservadoras empurram os EUA e a Europa Ocidental para um conflito com a Rússia e a China”. Roberts julga, que todos problemas dos países BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – são causados com cálculos de Washington, para por fim debilitar a Rússia. O que aconteça no Brasil, é uma tentativa de mandar prender dirigentes políticos Reformistas – do Partido dos Trabalhadores moderado social-democrata (PT). Primeiro acertou em Lula da Silva, o antecessor de Rousseff e agora em ela mesma. Citação de Craig Roberts: “E isso é a nossa obra (é, portanto de Washington). Nos tentamos nos desembaraçar daquele partido político no Brasil, que traz o Brasil aos BRICS, numa aliança com a Rússia, a China e a Índia.” Lembramos que (Para recordar): Os cinco grandes países BRICS representam cerca de 40 % da população mundial e quase 25 % da economia mundial. A presidente Dilma Rousseff na 7ª Cimeira dos países BRICS em Julho de 2015 anunciou uma cooperação reforçada com Moscovo. Perante as sanções dos EUA e do UE à Moscovo, o país sulamericano exporta progressivamente produtos agrícolas para a Rússia. Além disso Rousseff realçou a importânia do “Banco de Desenvolvimento”, New Development Bank, breve NBD, que foi criado na reunião. O NBD foi fundado como uma alternativa para as instituições o “Banco Mundial e FMI” dominadas do Ocidente e ele deve também iniciar um fim do predomínio do dólar (americano). A evidente estratégia de guerra económica dos EUA, pressionar a Rússia através dos mercados financeiros, vai ser difícil com isso. A presidente brasileira Dilma Rousseff de modo algum é a única chefe de Estado, que foi confrontado com uma luta política interna pelo poder e deve ser destituida por||todos os meios. Isso já aconteceu a alguns, cujos governo adoptou uma linha pró-russa ou que se meteu numa cooperação política bem como económica mais estreita com a Rússia. Esta relação é quase incontestável. Lembremo-nós do sangrento golpe de estado contra o então presidente da Ucrânia Viktor Janukowytsch no ano 2014 ou do esforço de destituir o presidente da Síria Baschar al-Assad por todos os meios, que procuram também ao Presidente da Venezuela Nicolás Maduro. Siga depois essa pista – da consolidação da hegemonia global dos EUA por meio do enfraquecimento da Rússia. Também acontecimentos internos como o processo de demissão de Dilma Rousseff ficam neste contexto explícitos. Boa noite.

de dd

Fontes / Links: www.srf.ch/news/international/rousseff-stemmt-sich-gegen-die-amtsenthebung
www.srf.ch/play/tv/popupvideoplayer?id=a2fe0240-7710-4842-a478-f651afe6516a#/t=11.712
www.srf.ch/news/international/brasilien-vor-dem-showdown
www.youtube.com/watch?v=R9KfPXL2fXw
(Paul Craig Roberts Min. 28 :00- 33 :00) www.srf.ch/news/wirtschaft/brics-staaten-erhoehen-druck-auf-den-westen
https://amerika21.de/2015/07/124732/brasilien-brics-gipfel
https://jasminrevolution.wordpress.com/2015/03/12/neue-brics-weltbank-bietet-iwf-finanzdiktatur-die-stirn/