Joana Amaral Dias - Especialista em mídia sobre a resposta à Covid-19

22.06.2024 | www.kla.tv/29474

Entrevistador: Em sua opinião, qual foi o maior crime durante a COVID? Joana Amaral Dias: Bem, durante a resposta à COVID, a crise da COVID, acho que o maior crime foi contra as crianças e os idosos. Porque as crianças não precisavam ser confinadas, submetidas a lockdowns criminosos, suspensas da escola, proibidas de brincar ao ar livre, nos jardins. Na verdade, eles não tiveram infância. Sua infância foi tirada das crianças por três anos. É muito tempo para crianças, três anos. Três anos é como se, para uma criança, fosse mais ou menos dez anos para um adulto. Então, isso era muito violento. E as crianças perderam oportunidades de aprendizado que nunca mais voltarão. Porque o desenvolvimento natural de uma criança tem etapas que, muitas vezes, não são reversíveis. E contra os idosos, os cidadãos mais velhos, isso também foi um crime, porque os confinamentos foram extremamente violentos. Eles ficavam sozinhos, sem visitas por semanas, talvez mais do que isso, às vezes meses. Muitos deles morreram de solidão, de isolomanto. A solidão também é uma causa de morte, especialmente entre pessoas mais frágeis e mais vulneráveis, como os idosos. Mas os crimes cometidos durante a COVID de fato são tantos que. . . Entrevistador: São muitos. Joana Amaral Dias: Sim, estou apenas realçando. Entrevistador: Retirando a tampa. Joana Amaral Dias: Sim, estou apenas destacando os principais. . . Para mim, foi muito difícil porque eu estava sozinha, literalmente sozinha, na grande mídia, falando sobre isso e tentando alertar para todos esses problemas. Entrevistador: Por que a grande mídia não defendeu as crianças e todos os idosos? Joana Amaral Dias: Bem, vivemos em um mundo conturbado neste momento. Esta é a época dos globalistas. Eles compraram os políticos. Também compraram a grande mídia. Eles têm todo o dinheiro e todos os recursos. Temos uma enorme concentração de recursos de poder em uma porcentagem muito pequena de seres humanos, como se um ou dois por cento da humanidade fosse proprietária de 90% dos recursos. Portanto, essa distribuição é tão desigual que se torna perversa. Portanto, a perversidade, a principal perversidade, é que eles podem comprar quase todo mundo. Os políticos, os deputados, os parlamentos, as instituições, a grande mídia. E essa é a razão, a principal razão pela qual isso aconteceu. Além disso, a manipulação psicológica. Sim. A manipulação psicológica que acompanhou isso, principalmente os alertas e o medo em doses maciças, fez o resto. Porque conheço alguns jornalistas e repórteres que teriam feito um bom trabalho se não estivessem totalmente assustados e com medo. Portanto, medo e poder são um coquetel, um coquetel muito perigoso. Entrevistador: Certo. Então, qual seria a sua mensagem para os jornalistas da grande mídia que ainda estão no sistema? Qual seria sua mensagem para eles? Joana Amaral Dias: Por favor, não morram, por favor. Porque o jornalismo morrerá se não reconquistar o papel principal, o papel de cão de guarda que teve durante anos e, da mesma forma, tornou-se no passado um nervo central da democracia. O jornalismo tem de voltar. O jornalismo deve voltar a esse lugar e a essa posição. Caso contrário, ele perecerá junto com a própria democracia. Portanto, por favor, façam seu trabalho. Entrevistador: Muito obrigado.

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